segunda-feira, 29 de março de 2010

OnadaSEMPRE

Meu bem e eu não temos mais palavras...

Perdemos todo poder de falar verdadeiramente

Ele que inventara novas palavras, um dicionário novo

Eu que via novos sentidos na velha grafia...

Agora vejo palavras novas para outras folhas

E paro, sem fala, sem letras...

Nada do que eu diga atinge...

Nada do que eu escreva se grava...

O nada que se afasta...

O sempre longe...

Escrevendo nada... para ninguém...sem significado nenhum...
para o sempre....

Não há palavras para descrever o que se passa... emudeço

Meu bem e eu perdemos...

As palavras!

O gesto!

O significado da palavras

As palavras que nunca significaram

Para sempre!


Rodrigo Frota

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ALTARparticular



Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular

Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal

E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer

Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor

Maria gadu

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domingo, 7 de março de 2010

MÃOSatadas


Tenho as mãos atadas ao redor do meu pescoço
Eu queria mesmo era tocar seu corpo
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos e depois?
Depois toco meu corpo eu tenho frio
Sou um louco amargurado e até vazio
E me chamam atenção
Mas eu sou louco é de paixão e você?
Você que me retire desse poço
Eu sei ainda sou moço pra viver
E te ver assim tão crua
A verdade é toda nua
E ninguém vê


Eu tenho as mãos atadas sem ação
E um coração maior que eu para doar
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos sem querer
Eu quero é me livrar
Voar
Sumir
Perder não sei, não sei, não sei querer mais
A qualquer hora é sempre agora chora
Quero cantar você
Vou fazer uma canção liberte o meu pensar
Aperte os cintos pra pousar
Agora é hora de dizer muito prazer sorte ou
azar e amar
Simplesmente amar você

Simone Saback

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RECADOquaseMUDO

KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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ASvitrines


Eu te vejo sair por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não

Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar

Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão

Chico Buarque

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IMPOSSÍVEL


eu acredito nas pessoas!
acho que todas elas são sempre possíveis
embora nem todas achem isso delas mesmas...

... um dia desses ouvi em uma peça um texto
em que a personagem dizia:
- É que eu só sei ser assim: impossível...
fala de Macabéia de a "Hora da Estrela"

cansado de acreditar
ralo de proposições
sem forças... mas ainda acreditando no possível
sentecio:
as pessoas são possíveis sim, eu é que sou impossível!

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sábado, 6 de março de 2010

AhistóriaDEumaLÁGRIMAfurtiva


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FALTAdeDOCE


Foi assim como quem rouba um doce...
Foi assim que se foi... pesadamente rápido.

agora o gosto amargo na boca
a criança chorando no peito
nenhuma palavra nos lábios
a não ser esse sabor...
sabor de coisa alguma
de pneu...
de gelo
de nada
de áspero
de falta de doce.



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terça-feira, 2 de março de 2010

TEIMOSIA



Eu queria saber de seu alfabeto,
conhecer profundamente todas as suas letras,
falar sua língua fluentemente.

porque talvez assim conseguisse escrever ou falar algo bom,
com as palavras corretas para te alcançar,
para te fazer desentender de tudo.

Mas impossibilitado... só rezo.
Rezo assim, algum tipo de oração repetida e gasta,
de um alfabeto conhecido,
com letras antigas,
língua banal.

Oro como aquele que acredita,
mas não consegue aprender seu idioma...
repete, repete, repete...
- É para ti só para ti.

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