sábado, 17 de abril de 2010

PARAraios


Nenhuma salvacão para a dor
estao presentes em mim todos os gritos do mundo
os gemidos baixos e íntimos dos solitários...
um conjunto de desejos frustrados...
Nada me basta... tudo me afasta...
para-raios da ilusão...

nasci para isso... para ser passagem...
paisagem sempre árida
campo aberto para raios
não alimento niguem...
cheio, morro de fome e canso
chega de mundo!
basta do que necessito!
sento então no meio do meu campo e descanso sem solução,
sem uma sombra, nem abrigo...
espero que um dia, a chuva que cai, esconda a lua
e me traga um raio certeiro,
que me leve de volta ao lugar a que pertenço:
ao nada,
ao meu deus que atravessa esse campo vazio a passos lentos
carregando consigo uma grande dor.

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